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COP30 transforma Belém em palco global

COP30 Brasil

A COP30, realizada pela primeira vez na Amazônia, levou delegações de 195 países para Belém e mobilizou uma das maiores infraestruturas já montadas para uma conferência da ONU no Brasil. Foram instalados 550 mil m² de áreas oficiais, divididos entre a Blue Zone (zona diplomática) e a Green Zone (aberta ao público).

Durante os 12 dias do evento, passaram pelos espaços mais de 513 mil pessoas, somando tanto a Blue quanto a Green Zone.  Só na Blue Zone, foram mais de 42 mil participantes credenciados.

Blue Zone: o coração das negociações

A Blue Zone ocupou 160 mil m², sendo 120 mil m² construídos especialmente para a COP30.  Também foram aproveitados 34 mil m² de estruturas já existentes, como o Hangar e um Centro de Gastronomia, para receber delegações, organismos internacionais e representantes de muitos países.

Nessa área oficial, havia:

  • 149 pavilhões, dos quais 78 eram de países, usados para negociações, recepção e encontros.
  • 71 escritórios para equipes técnicas, diplomatas e organizações.
  • 430 EOIs (“Expressões de Interesse”): uma quantidade recorde de solicitações de participação de ONGs, universidades, governos e povos tradicionais.

Para manter tudo funcionando, a estrutura da Blue Zone contava com:

  • 180 geradores (equivalente a 88 MW)
  • 300 km de cabos de rede e 60 km de fibra óptica
  • 200 unidades de ar-condicionado
  • 800 carretas para transporte logístico
  • 635 banheiros

Segundo Valter Correia, secretário extraordinário da COP30, montar algo assim em poucos meses e em plena Amazônia é prova de que o Brasil está preparado para grandes eventos globais.

Green Zone: espaço para a sociedade e a cultura amazônica

A Green Zone, aberta ao público, tinha 45 mil m² e foi pensada para aproximar a sociedade civil da agenda climática.  Lá, houve:

  • 61 pavilhões com organizações, movimentos sociais, empresas, universidades e governos;
  • Atividades culturais, diálogos científicos, exposições interativas e debates que destacaram a inovação e a cultura amazônica.

Um legado com impacto real

Montar, operar e desmontar tudo isso exigiu meses de planejamento. Estiveram envolvidos o governo federal, a ONU, o governo do Pará, a prefeitura de Belém e muitas empresas.

Para Valter Correia, a COP30 mostrou que o Brasil tem “capacidade plena” para sediar conferências de altíssimo nível, mesmo fora dos grandes centros.

Mais do que isso, o evento deixou uma marca: Belém agora é vista como referência global em sustentabilidade, diplomacia climática e inovação.

 

Fonte: COP30

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