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Avanços da Agenda de Ação da COP30: como soluções voluntárias ajudam a implementar o Acordo de Paris

Na COP30, a chamada Agenda de Ação ganhou destaque por mostrar resultados concretos e por reforçar a coordenação de iniciativas climáticas que já estavam em curso. Segundo a diretora da Agenda, Bruna Cerqueira, esse movimento reúne 117 “Planos de Aceleração de Soluções” e representa uma estrutura multissetorial — ou seja, envolve sociedade civil, empresas, governos locais, investidores e nações — para tornar efetiva a implementação do Acordo de Paris.O que é a Agenda de Ação?

A Agenda de Ação tem como missão impulsionar ações voluntárias relacionadas ao clima: redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e a transição para economias mais sustentáveis.
Ela foi pensada para acelerar iniciativas já existentes, conectando projetos e esforços antigos com novas ideias, desde a COP21.

Resultados e destaques

  • A Agenda de Ação consolidou 117 planos concretos para soluções climáticas, algo que, segundo Bruna, amplia o impacto de diversas iniciativas já lançadas.
  • Um exemplo importante é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF): iniciativa voluntária que usa recursos públicos e privados para proteger ecossistemas tropicais vulneráveis.
  • Também houve avanços em mercados de carbono, parcerias para biocombustíveis sustentáveis e, especialmente, na demarcação de terras indígenas.
  • Um documento chamado Mapa do Caminho de Baku a Belém foi citado como guia estratégico para chegar a US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até 2035 — especialmente para países em desenvolvimento.
  • Entre as novas metas, há um plano inédito para a saúde climática, o “Plano de Ação em Saúde de Belém”, que propõe tornar os sistemas de saúde mais resistentes às mudanças do clima. Para isso, foi anunciada uma mobilização de US$ 300 milhões por parte de filantropias.

Como a Agenda de Ação se conecta ao processo da COP

A Agenda de Ação não é apenas um complemento: ela é vista como parte integrante da implementação das decisões negociadas nas COPs.
Em vez de ser um processo paralelo, ela serve para definir com clareza quem vai fazer cada coisa, quando e com que recursos — conectando o que foi acordado nas negociações com ações concretas no mundo real.

Bruna Cerqueira reforça isso ao dizer que esses planos dão diretrizes claras: “o que será feito, por quem, até quando e de que maneira”.

 

Fonte: COP30 Brasil

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